Tênis em Cadeira de Rodas

  • Da Redação TV Barbacena
  • Com informações do Ministério do Esporte e do Governo Federal
  • Postado em 07/09/2016

A origem do tênis em cadeira de rodas é norte-americana. Foi em 1976 que Jeff Minnenbraker e Brad Parks criaram as primeiras cadeiras adaptadas para o esporte. Não demorou nem um ano para que o primeiro torneio fosse realizado, na Calofórnia. O tênis em cadeira de rodas se difundiu rapidamente nos Estados Unidos, tanto que em 1980 foi disputado o primeiro campeonato nacional da modalidade.

Quando foi criada a Federação Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas (IWTF, em inglês), em 1988, o esporte já estava bem encaminhado para se tornar paraolímpico. Tanto que naquele mesmo ano a modalidade participou dos Jogos de Seul como exibição. Outro passo importante foi dado em 1991, ano em que a IWTF foi incorporada à Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês), até hoje responsável pelo tênis em cadeira de rodas. No ano seguinte, nos Jogos de Barcelona-1992, a disputa paraolímpica foi oficializada, valendo medalhas pela primeira vez.

No Brasil, o primeiro atleta a ter contato com o tênis em cadeira de rodas foi José Carlos Morais. Ele conheceu o esporte em 1985, na Inglaterra, quando competia com a seleção de basquete em cadeira de rodas. Onze anos depois, Morais foi aos Jogos Paraolímpicos de Atlanta e, ao lado de Francisco Reis Junior, se tornou o primeiro brasileiro a representar o país na modalidade.

Classificação

Para competir no tênis em cadeira de rodas, o único requisito é que o atleta tenha sido diagnosticado com uma deficiência relacionada à locomoção. Ou seja, deve ter perda funcional significante de uma ou mais partes extremas do corpo. Se o atleta não for capaz de participar de competições no tênis convencional, estará credenciado a jogar na cadeira de rodas.

Curiosidades

A rainha do tênis em cadeira de rodas

Se você pensar em um recorde do tênis em cadeira de rodas, dificilmente ele não estará vinculado à holandesa Esther Vergeer. Ao se aposentar em 2013, Vergeer deixou pra trás um verdadeiro legado. São marcas que dificilmente outro atleta conseguirá atingir. Só em Jogos Paraolímpicos são quatro títulos de simples e três de duplas, entre os Jogos de Sidney-2000 e Londres-2012.

Mas as sete medalhas de ouro da holandesa são apenas uma parte de sua fantástica história. Entrar em quadra com Esther Vergeer do outro lado da quadra era praticamente certeza de derrota. Ao longo de sua carreira, foram 700 vitórias e apenas 25 derrotas. Vergeer conquistou 21 títulos de simples em Grand Slam — ela disputou 21 — e faturou um total de 169 troféus de simples em sua carreira.

O mais impressionante, no entanto, é a invencibilidade da holandesa. Após ser derrotada pela italiana Daniela di Toro em janeiro de 2003, ela nunca mais perdeu. Foram 10 anos sem uma derrota sequer, 120 títulos consecutivos, 95 vitórias com parciais de 6/0 e 6/0 e apenas 18 sets perdidos. Tudo isso em um total de 470 partidas, saindo vitoriosa em todas. Esther foi nomeada cinco vezes para o prêmio Laureus, o Oscar do esporte, e o conquistou em duas oportunidades.

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