Imagem: Luciana Vermell/CPB

ELE CONQUISTOU O MUNDO
Por Ricardo Rios | Publicado em 13/09/2016, do Main Press Center (MPC) no Rio de Janeiro Daniel Rodrigues pega a estrada diariamente para treinar Tênis em Cadeira de Rodas na cidade de Belo Horizonte. Graças ao esporte, Daniel não só conheceu o Brasil, mas, como em um tabuleiro de "War", já marcou sua presença em mais 10 países fazendo o que gosta: competindo
Para chegar aos Jogos Paralímpicos do Rio, os tenistas precisam ser um dos 34 melhores do mundo no ranking, Neste seleto grupo está Daniel Rodrigues, de 29 anos. Mas até chegar aos 34 melhores, Daniel precisou batalhar muito. E sua batalha é diária, cruzando Santa Luzia, onde mora, até Belo Horizonte, cidade onde nasceu e treina. Por dia, ele gasta mais de duas horas só de ônibus viajando para os treinos. Para chegar de Santa Luzia até a capital de Minas, o atleta pega três ônibus. Quando foi contatado pela primeira vez pela TV Barbacena para esta entrevista, Daniel estava fazendo a viagem de volta para casa, em um trajeto que pode ultrapassar uma hora. Daniel esteve nas Paralimpíadas de 2012, em Londres (Inglaterra), onde ficou na 17a posição nas disputas individuais e em duplas. No ano passado, competiu no Parapanamericano, em Toronto (Canadá), onde conquistou duas medalhas: prata na disputa em duplas e bronze no individual. Todos esses resultados e a posição de Daniel no ranking mundial impressionam porque ele está no esporte há apenas 10 anos.

Imagem: Leandra Benjamin/MPIX/CPB

Daniel precisou amputar cedo a perna direita abaixo do joelho por causa de um problema congênito. Isso não o impediu de praticar esportes. E o maior responsável pela entrada de Rodrigo no Tênis CR foi o professor Mário, que lhe dava aulas de História na escola onde estudava, em Santa Luzia. "Ele me viu jogando com pessoas que não tinham deficiência física. Eu jogava handebol, futsal e peteca em torneios estudantis. E ele ficou encantado, porque eu fui campeão nas três modalidades. E o mais impressionante porque eu tinha deficiência física. Ele me indicou para participar de um trabalho social para pessoas com deficiência. Até então eu não conhecia o esporte paralímpico. Aí fui fazer minha aula experimental, e quando eu cheguei achei muito difícil, mas em questão de poucos meses eu já estava jogando torneios", disse. Daniel treina todos os dias em Belo Horizonte. Ele também tem acompanhento com psicólogo e fisioterapeuta. "A rotina é de um atleta olímpico", define. Daniel diz que ele mesmo quis mudar através do esporte. "Porque eu achei uma saída através do esporte que mudou totalmente a minha vida", completa. A saída através do esporte também lhe apresentou todo um mundo. Um mundo onde hoje ele é um dos melhores, com muita luta e determinação.
Daniel terminou as Paralimpíadas em 9o no Torneio de Duplas e em 17o no Individual

Assista à participação de Daniel no MG '16
Agradecimentos: Comitê Paralímpico Brasileiro
Fornecimento de dados: Comitê Paralímpico Internacional
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