Imagem: Alaor Filho/MPIX/CPB

SEGUNDA PARALIMPÍADA, COM GOSTO DE PRIMEIRA
Por Ricardo Rios | Publicado em 13/09/2016, do Main Press Center (MPC) no Rio de Janeiro Poliana Sousa, do Atletismo, estava escalada para competir na Paralimpíada de Pequim, em 2008. Mas um erro de registro a impediu de participar dos Jogos. Oito anos depois, ela compete no Rio, sua segunda Paralimpíada, mas com gosto de primeira.
Se Poliana Sousa, de 30 anos, está nas Paralimpíadas do Rio, é porque alguém muito especial a incentivou: dona Vanilda, sua mãe. "A pessoa-chave do esporte na minha vida foi minha mãe, porque ela sempre me apoiou", disse. Movida pelo apoio e pela insistência de sua mãe, Poliana começou no esporte aos 11 anos de idade. Antes do atletismo, Poliana praticou basquete com cadeira de rodas, vôlei sentado e Tênis de Mesa. Mas o atletismo a encantou e, desde então, a atleta da ADEFU, de Uberaba, não deixou o esporte que surgiu em sua vida "de uma forma muito louca", como ela mesma define.

Imagem: Alaor Filho/MPIX/CPB

Poliana ficou paraplégica aos quatro anos de idade, em um acidente de carro. E o esporte foi um divisor de águas na sua vida. "Muitas vezes eu paro e fico pensando o que seria da minha vida hoje sem o esporte", disse Poliana em entrevista à série MG '16, da TV Barbacena. A rotina de treinamentos de Poliana é extensa e conta com um incentivo a mais, o de Rodrigo Carlos, que além de ser seu técnico e treinador, também é seu namorado. "A gente treina de segunda à sábado, por cerca de 2h, 2h30 por dia, com preparação física na academia e os treinos técnicos no campo". Além da rotina de treinamentos, Poliana tem uma outra jornada nas salas de aula de uma faculdade em Uberaba, onde cursa Direito.

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O VAZIO DE PEQUIM
Poliana poderia ser uma veterana de Jogos Paralímpicos se tivesse competido em 2008, nos Jogos de Pequim (China). Ela foi convocada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para integrar a delegação brasileira, mas um erro na classificação a impediu de competir: "Fui convocada em 2008 para participar das Paralimpíadas de Pequim. Fui à Seleção Brasileira, mas aconteceu um pequeno problema. Porque quando a gente é convocada para uma competição internacional, passamos por classificações internacionais. Chegando na China, passei por essa classificação internacional e quando me avaliaram, me colocaram em uma categoria acima da minha e não pude competir", revela a atleta. Atualmente, Poliana compete nesta mesma categoria em que foi colocada em Pequim. O vazio deixado por Pequim é relativizado por Poliana, que revelou uma conversa que teve com seu treinador e namorado, Rodrigo Carlos, sobre o assunto: "Eu falo com ele que essa competição vai ter um gostinho a mais, porque não vai ser minha primeira Paralimpíada, mas vai ser a minha primeira vez competindo em uma Paralimpíada", completa.
Poliana competiu no Arremesso de Peso F56, terminando na 6a posição, e no Arremesso de Dardo F56, ficando com o quinto lugar.

Assista à participação de Poliana no MG '16
Agradecimentos: Comitê Paralímpico Brasileiro
Fornecimento de dados: Comitê Paralímpico Internacional
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